sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Investir em acessibilidade é um bom negócio


Estreando o espaço de “Colunistas” do Blog Usina da Inclusão, convidamos a arquiteta especialista em acessibilidade, Elisa Prado.
Diversos setores já perceberam que investir em acessibilidade traz retorno garantido. São restaurantes, cinemas, academias, clubes, lojas e demais serviços que buscaram ampliar seu negócio, aumentando a cartela de clientes fiéis e conquistando a boa imagem perante todos. Quanto mais recursos (empregados de forma correta!) o local dispõe, mais a pessoa se sente bem e quer voltar. Essa regra vale para qualquer cliente, inclusive para o que tem alguma deficiência.
E a cada dia que passa as empresas tem entendido que ter um funcionário com deficiência é também um ótimo investimento. A imagem preconceituosa de funcionário que falta excessivamente, é lento e incapaz de exercer certas funções, vem facilmente sendo substituída, por aqueles que passam pela experiência de ter em seu quadro de funcionários uma pessoa com deficiência, por profissional de alta produtividade, lealdade, boa assiduidade e que emprega um ótimo atendimento ao público.
Uma equipe de trabalho composta por uma pessoa com deficiência reflete melhor a comunidade em que a empresa está inserida. O ponto de vista de uma pessoa com deficiência pode enriquecer o serviço ou produto, ao planejar soluções que visem uma maior diversidade, objetivo que pode estar esquecido por uma falta de vivência dos demais funcionários.
O benefício obtido com o alto desempenho de um funcionário com deficiência supera de longe o custo relativamente barato das adaptações necessárias ao ambiente e ao posto de trabalho. Essas adaptações podem ser apontadas pelo futuro funcionário e devem estar apoiadas em orientações de consultores de acessibilidade e inclusão no trabalho.
E não é nem preciso dizer que as adaptações trazem benefícios para todos os funcionários e visitantes, que garantem um ambiente mais seguro e confortável, o que diminui os acidentes de trabalho, e para os empresários, pois atrai parcerias, negócios e reconhecimento. Portanto, mais do que atender uma lei de cotas ou respeitar legislações de adaptação, a inclusão e a acessibilidade trazem retorno garantido, financeiro e social.
Elisa Prado é arquiteta especialista em acessibilidade

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